PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS

Professor Patrick Nunes

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Sociedade em rede, o mercado de trabalho e a portabilidade do emprego.
Por Patrick Nunes
www.patricknunes.com.br

 

A sociedade já passou por diversas transformações. Vive-se em rede desde o período que a humanidade percebeu que é preciso ter independência sendo dependente de alguma coisa.

As forças políticas permeiam no entrelaçar da sobrevivência e as mutações ocorrem neste arcabouço solicitando pré-requisitos mais modernos para a vida em rede. Sendo assim, percebe-se a transformação do emprego e do mercado de trabalho. É visualizado neste cenário, trabalhadores ativos na rede e desempregados ou trabalhadores com jornada flexível.

No mundo pós-moderno, virtual e economicamente digital, o capital se transforma em um conjunto binário, riscando as nuvens como cometas e informando a todos que para sobreviver nesta selva urbana é preciso do capital chamado conhecimento.

A palavra emprego está com seus dias contados para aqueles que se distanciam da sociedade virtual e, ainda, não enxergam o valor da informação e o emprego no processo de transição entre os modos de desenvolvimento rural, industrial e informacional. Na atualidade, ratificam-se alterações da era de produtos para serviços. Ainda neste contexto, o lançamento de algumas funções administrativas e cada vez mais especializadas. O alicerce desta nova “obra” pode ser chamado de informação.

Na era da intangibilidade, o segredo do emprego, ou melhor, da profissão, está no “E”, isto é, e-learning, e-book, e-board, e-commerce, e-mail, e-business etc. Vale lembrar que esta nova era pode ser resumida em e-human, ou seja, homem eletrônico, digital e quase virtual. Quase tudo na atualidade é virtual, sites de relacionamento permitem que o ser humano possa encurtar fronteiras e conhecer novos amores. Como, também, destroem casamentos e namoros.  Então, vale afirmar que os “portais” desta grande teia global são excelentes espaços de networking, ou seja, rede de relacionamento, desde que o usuário tenha infra-estrutura e acesso aos poderosos instrumentos de comunicação.

Na era da portabilidade, é necessário aprender a viver “nas nuvens”, e não apenas no “mundo da lua”. Os Astronautas tradicionais são pessoas que alçaram vôos inimagináveis e, literalmente, chegaram ao topo de suas carreiras. Os astronautas do mundo pós-moderno, da sociedade pós-industrial, são mais conhecidos como “internautas”, capazes de interagir com a informação e recursos multimidiáticos transformando ativos intangíveis em potenciais números em suas contas bancárias.

Neste contexto, fica visível que informação quando bem lapidada é poder. Neste esboço tecnológico, é notório que as classes sociais colocam determinada camada da sociedade em outras categorias de analfabetismo. Surge o analfabetismo digital que distancia o ser humano do acesso ao processo seletivo de emprego, tendo em vista que até o currículo é digital. Na era informacional não ter endereço eletrônico, não pertencer a sites de relacionamentos e, também, não acessar mensagens instantâneas, é ser rotulado como “anti-social”.  

A tríade pós-industrial, “dado, informação e comunicação”, deve fazer parte de qualquer currículo. Acredita-se, também, que o número do celular, na atualidade, já está integrado ao “CPF” de cada cidadão. Na sociedade informacional, o mercado de trabalho é volátil e feroz, exige mão-de-obra qualificada, permite modalidades de trabalho temporário, não presencial, flexível e, acima de tudo, espera que o colaborador seja capaz de se especializar, desespecializar e reespecializar.

As novas tecnologias colocam empresas grandes atuando como pequenas e corporações pequenas “brigando” com as gigantes. Vale lembrar que pessoas “pequenas” podem sair do anonimato e se destacarem nas redes sociais presenciais e virtuais.

Na era digital, o conhecimento é o combustível para o progresso e, principalmente, para ascensão social. Enfim, a empregabilidade e a economia na sociedade em rede, dependerá da capacidade do ser humano em explorar com muito entusiasmo, persistência e criatividade, as possibilidades oferecidas pelas constantes mutações do convívio em grupo.

           

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O papel do administrador de empresas: ídolo ou herói?
Por Patrick Nunes
www.patricknunes.com.br

Vale pensar, repensar quem são os ídolos ou heróis de vocês?! Não vamos falar o significado da palavra LIDERANÇA neste momento. MOTIVAÇÃO, isto é, o MOTOR QUE NOS LEVA PARA AÇÃO, fica, com certeza, em cada degrau da nossa caminhada. A palavra ENTUSIASMO, pode traduzir com simplicidade a energia que pôde direcionar todos até aqui.

Observar o brilho nos olhos dos pais, avós, filhos, esposas e esposos, amigos, enfim todos os familiares. Nesta esplêndida visão, remete-me o pensamento às pessoas que realmente agregam valor a nossa caminhada, que são todos que investiram muito combustível e muita energia em vocês. Posso neste exposto chamar estas pessoas de ÍDOLOS ou HERÓIS??

Entusiasmo seria então uma força interior? Sem dúvidas! Mas, acima de tudo, as pessoas que agregam essa força interior. E neste cenário, podemos destacar alguns mestres/professores e, também, outros provedores que são considerados nossos DOUTORES DA VIDA! Sem consultar o dicionário tento identificar o significado da palavra ÍDOLO. Acredito que todos nós temos um ídolo, enxergamos naquela pessoa qualidades e nos identificamos com quem gostaríamos de ser.

Quando falamos em HERÓIS, lembramos de histórias em quadrinhos, dos desenhos animados e outros... Mas, ainda sem consultar o significado da palavra no dicionário, tento explicar: HERÓI é aquela pessoa que nos protege e estão sempre com muito ENTUSIASMO quando mais precisamos!

Jorge Vercilo, em sua música afirma que HERÓI é aquela pessoa que agüenta o peso das compras do mês E QUE, TAMBÉM, está no telhado, ajeitando a antena da tevê, que acorda a noite inteira pra ninar bebê (esta parte entendo muito bem), diz ele que temos muito bandido pra prender, e muita bala perdida pra deter etc etc etc.

Caros leitores, espero que tenham identificado quem são seus ÍDOLOS e seus heróis! A tarefa que vocês administradores terão neste cenário, é árdua! Pois vivemos num mundo com tanta violência e ainda, vale ressaltar, numa sociedade marcada não só pela má distribuição de renda e ausência de informação, mas também, pela inclusão social perversa que precisa ser restaurada.

Destacamos, neste momento, o sucateamento da educação e da saúde, a corrupção, ausência de ética, homens empregados com salário quase mínimo ou que trabalham na informalidade ou são obrigados a inventar uma profissão. Assim temos crianças no sinal de trânsito brincando de circo, “os bobos da corte a céu aberto”, tentando fazer sorrir as “bocas de ouro” no conforto do ar condicionado dos automóveis, mesmo estes meninos não tendo “dentes para sorrir” por conta das gargalhadas da sociedade burguesa. Vale lembrar também diante deste cenário catastrófico, o verdadeiro PAPEL DO ADMINISTRADOR frente aos problemas vivos no entorno corporativo. Os desafios da nossa profissão que nos obrigam a postura de EMPREENDEDORES DA VIDA e com muita PRUDÊNCIA SOCIAL.

Sabemos que na sociedade pós-moderna, a otimização do tempo é essencial para ter lucro e, principalmente, qualidade de vida. Sendo assim, observamos que o pior não é a velocidade das coisas, mas sim, o ser humano ser transformado em coisa veloz.

Ser administrador é permitir que o local de trabalho não seja um ambiente de sofrimento humano. Significa conseguir irradiar possibilidades. Transformar pessoas em líderes, substituir a figura do homem máquina pela presença da empresa humana. Em suma, aprender a administrar vidas. Ser administrador é saber negociar, é transformar lixo em luxo, é solucionar problemas, é gerenciar conflitos, é encantar a platéia com um grande espetáculo, é agregar valor a imagem com seus atos, é lapidar dados e transformar em conhecimento, é planejar estrategicamente seu futuro e dos demais, é agir pelo bem-estar social, é promover cidadania... é permitir que o vento continue favorável sempre e com muita esperança.

Então, caríssimos administradores do futuro, concluo que todos estão habilitados para transformar a sociedade, reinventar as empresas, restaurar o mundo!

Vocês podem ser empreendedores da empresa chamada EU ou VOCÊ S/A. “APRENDENDO A APRENDER”, e acima de tudo, “APRENDENDO A EMPREENDER”.  

O desefio da sociedade pós-moderna é permitir que os indivíduos sejam EMPREENDEDORES DO CONHECIMENTO HOJE E SEMPRE!!! SEJAM HERÓIS!!!

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Maioridade e liberdade
Por Patrick Nunes
www.patricknunes.com.br

A sociedade pós-moderna tenta renunciar alguns princípios, padrões, normas e etiquetas impostas pelas gerações anteriores para ser mais esclarecida. Infelizmente, uma pequena fatia da humanidade tenta, por meio de uma postura empreendedora, esclarecer-se com relação aos hábitos, costumes e “multiculturas” recebidos de herança dos provedores ancestrais.

Ainda, neste contexto, muito é questionado a liberdade das pessoas. Será que o indivíduo vive numa “gaiola” transparente e intangível ou apenas aceita tal cenário para usufruir de uma falsa maioridade? É mais cômodo e prático ter a proteção de um provedor e mantenedor, do que encarar novos desafios, arriscar, ousar e descobrir novos caminhos. Seguir um caminho já feito, andar sobre os trilhos é mais seguro, fazer a trilha, descobrir novos atalhos é a tarefa árdua de um líder, de um iluminista, talvez, neste cenário, um desafio para poucos, afirma-se nesta premissa que a sociedade está falida de novos empreendedores. Vale lembrar, que o empreendedor é um ser que acredita que alcançou o estágio de esclarecido, mas tem convicção que não pode parar, que precisa construir, liderar e, principalmente, irradiar possibilidades nas pessoas. Muitos querem ser chefes, alguns subordinados e outros serem líderes. Nesta perspectiva, muitos querem poder e talvez popularidade. Nesta mesma ótica, a sociedade contemporânea quer ser “dona do próprio nariz”, mas será possível esta abordagem? Inevitável deixar de enfatizar até que ponto o ser humano pode ser considerado autônomo, livre e “de maior”. Tudo dependerá da ótica própria e de um processo reflexivo para suportar, questionar, exigir e reivindicar alguns direitos quando identificadas algumas brechas deixadas pelos homens do poder.

Vale lembrar que autonomia, liberdade e maioridade são palavras que caminham juntas, mas não são garantia de estabilidade normativa. Com certeza, os aspectos culturais podem garantir a conduta responsável do indivíduo e, também, a disseminação da informação de idéias revolucionárias que, se colocadas em prática, podem guiar a sociedade para caminhos ainda não descobertos.   

Tendo como base os grandes filósofos, tudo depende do ato de pensar. Pensar dói e a dor é algo que necessita da capacidade física, emocional e intelectual de suportar certo incômodo. Por este motivo, muitos preferem permanecer na menoridade, é mais confortável, mesmo que isto tenha um preço alto, que seja a renúncia da liberdade. Será que a essência da vida realmente está na capacidade do ser humano em superar suas próprias expectativas? É mais fácil ter uma sociedade pacata, controlável, acorrentada do que muito além do direito de “ir e vir”, conforme constituição nacional confeccionada em décadas anteriores. 

 

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